sábado, 26 de maio de 2007

Criança é um barato!

As crianças da minha família.
Em sentido horário: Rebeca, João Víctor,Gabriel, Murilo e Victória.
...
Um dia minha prima estava levando sua filha e uma sobrinha para casa. Enquanto dirigia, as duas pequenas estavam entediadas no banco de trás.
Rua vai, rua vem, as meninas resolveram inventar uma brincadeira. Pra você que é adulto e já se esqueceu o que é isso, pode parecer quase impossível brincar nessa situação, porém nunca subestime a criatividade e o senso de humor de uma criança, quem dirá então, duas.
Uma virou pra outra e sugeriu a brincadeira. Algo bem simples e cotidiano, por sinal: resolveram brincar que eram duas amigas conversando ao celular.
Eis a brincadeira:
O telefone toca.
- Alô.
- Oi querida! Sou eu, sua melhor amiga. Tudo bom?
- Tudo ótimo, linda. E você? Como está?
- Estou ótima também. Acabei de sair da piscina, tava pegando um bronzeado. Agora to indo tomar um banho na minha hidromassagem. E você?
- Olha só que coincidência, tava pegando uma cor, também.
- Tava na sua piscina? Devia ter me ligado e vinha tomar sol aqui em casa comigo.
- Não fofa. Ando tão sem tempo que tava pegando um bronzeado artificial, mesmo.
- Sei. Mas me diga, vai fazer algo, hoje?
- Na parte da manhã vou pra massagem, depois tenho hora marcada no cabeleireiro e mais tarde vou ao shopping fazer compras.
- Então, que tal almoçarmos naquele restaurante? Depois podemos ir ao shopping.
- Ótimo. Combinado.
- Mas me diga, querida? Que vai fazer no shopping?
- Vou comprar umas roupas, uns sapatos, umas jóias. Tenho que ter algo novo pra vestir, hoje. Vou jantar fora com o meu marido.
- Que bom, pois eu também tenho que fazer compras, to louca pra comprar umas jóias, mas antes preciso passar naquela concessionária pra escolher a cor do meu carro novo. Meu marido já ta cansado de esperar eu decidir. Você me ajuda?
- Lógico! Aí depois podemos aproveitar e comprar aquele modelo de celular que vimos na tv.
- Com certeza, amiga. Então ta marcado?
- Marcadíssimo.
- Bom, agora preciso desligar, pois tenho uma pilha de roupas pra passar.
- Nem me fale! Minha pia ta abarrotada de louça, nem sei por onde começar.
- Então, tchau. Beijo!
- Beijo! Tchau!
...

terça-feira, 22 de maio de 2007

A Pergunta que não quer calar.


No Dia das Mães saímos pra comprar vasos de flores. É um presente simples, porém encanta àquelas de quem um dia, “saímos de dentro delas”.
Dias depois, percebi que tanto o vaso de flores da minha mãe, quanto o da minha sogra estavam em suas respectivas salas, ainda enfeitados com laços, papéis de celofane e purpurina em mesinhas estrategicamente visíveis, porém que não batia a luz do sol nem por decreto.
Ok! Entendo que virou objeto de decoração, até pras visitas perceberem o carinho que receberam, mas e aí? Qual é a graça de ter uma plantinha linda e infeliz?
Imagino que o figurino da planta: os laços, o celofane e a purpurina são como vestidos apertados e sapatos de bico fino, desses que espremem os cinco dedinhos do pé, transformando todos em irmãos gêmeos siameses que a gente só usa em formatura e casamento e não vê a hora de tirar. E pra colocar a água? É como se com essas roupas de festas, tomássemos chuva. Molha o celofane, laços e purpurina que acabam ficando sem gracinha e caidinhos.
Mas o que mais me assusta é o fato de estarem longe da luz solar. Como farão a tal fotossíntese? Logo a fotossíntese que elas tanto insistiram pra que nós, filhos, aprendêssemos pra àquela prova de ciências na época do primário?
Agora digo à vocês que esse meu texto já não faz mais sentido, tampouco seu título.
Querem saber o motivo?
Ok! Eu conto.
Inconformada com a vidinha sem graça que as plantinhas estavam levando, cheguei um dia na casa da minha mãe e seqüestrei o vaso. Já matutando em fazer o mesmo com o vasinho da minha sogra.
Pois é! Minha mãe tinha ido ao mercado, então aproveitei e levei a pobre pra tomar um bronzeado e finalmente realizar a tão esperada fotossíntese no quintal. Quando minha mãe chegou ouvi o carro parar, ouvi a porta se abrir e um “cadê a minha flor que tava aqui?” Antes dela “atacar” meu pai com a pergunta, corri em sua direção e logo fui explicando meus mil motivos para ter levado a pobrezinha a tomar um solzinho. Óbvio que antes deixei bem claro que a planta ainda estava em casa, mas que tinha saído um pouquinho no quintal pra tomar um ar, ver o céu azul, conversar com suas amiguinhas de folhas.
Minha mãe pediu que eu tirasse o vaso de lá imediatamente, pois ia torrar a pobrezinha. Foi aí que ela me explicou que esse tipo de flor vive muito bem dentro de casa. E que o sol muito forte pode fazer mal. Resgatei a planta e pedi desculpas à dona florida.
Conclusão: tem plantas literalmente domésticas, como aqueles cachorrinhos chatinhos com penteados esquisitos, esses de madame que vivem no sofá da sala como peça de decoração, mas que assistem televisão e tem sua própria almofada, assim como lacinhos, roupinhas e purpurina.
É isso. Nem todo mundo gosta de viver igual o outro.
Ah! A propósito as plantinhas continuam lindas! ;)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

E os amigos brasucas? Nunca mais?

Na foto: ruiva e eu.

Depois de tanto tempo foragida, hoje ela decidiu aparecer com uma mensagem sem-vergonha no meu orkut.
Como faz um tempo que ela se mandou pra “Zurópa”, e sinto a falta de sua companhia, a postagem de hoje será dedicada à minha querida amiga quase balzaquiana.
Quando eu a conheci, tive medo dela. Até então, eu era amiga de sua irmã do meio, que estudava comigo no colégio, a Jenny.
Um dia estava na casa da Jenny vendo tv, quando a irmã mais velha dela entrou na sala com sua notável cabeleira ruiva. Ela fazia faculdade e morava em Floripa sozinha e já dirigia, era gente grande. O que me assustou, não foi o fato da moça ser tão independente, mas sim a cara de brava que existia em meio aquela cabeleira vermelha.
Passou. Dias depois, fui ao sarau que tava rolando na cidade, e como havia combinado de ligar pra Jenny assim que chegasse lá pra explicar o caminho do lugar, disquei e de repente atenderam:
- Alô.
- Quem fala?
- Com quem você quer falar?
- Com a Jenny. Jenny?
- Só um minuto.
Meu Deus! A voz das duas era idêntica, só o jeito de falar que era diferente, por isso fiz a bobagem de perguntar quem era que estava falando. Ela ficou indescritivelmente indignada com minha pergunta, como se eu fosse a pessoa mais sem educação do mundo.
Primeira e segunda impressão, dizem que, é a que fica.
Mais de um ano depois, estou eu no meu primeiro dia de aula no cursinho e quem entra pela porta? A ruiva. Sim, ela havia abandonado a faculdade de Floripa e tava com novos planos. Eu a chamei quando a vi entrar. Tagarelamos e desde então a primeira impressão se foi pelo buraco.
Muita água rolou e antes da dona ruiva se aventurar pela Europa, ela tava morando com a Pepper e a Pussy bem pertinho de casa. Eu ia lá direto, pelo menos duas vezes por semana, antes de ir à faculdade. Eram tardes animadas, a gente ria muito, falava muita bobagem, bebia muito refri ou breja, era ótimo.
Tinha dia que chovia dentro da casa dela, outras vezes ela contava histórias hilárias de seu trabalho.
Saudade da minha amiga quase balzaquiana, apesar de que pra ela o tempo já passou faz tempo. Acredita que uma vez no meio de uma conversa ela iniciou uma frase com as seguintes palavras: “quando eu era jovem”? O que foi aquilo? Falou a vovozinha. Aquela frase não combinava com a dona da voz. Dava pra enxergar uma senhorinha grisalha com a bengala na mão.
Sardade da Fiat Lux! E agora, a megera mal me escreve. MSN? O que é isso? Nunca mais entrou. Aí volta e meia ela manda scrapzinho sem-vergonha, achando que vai me enrolar.
Mas beleza, eu gosto dela mesmo assim.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Marinheira de Primeira Viagem.


Sejam Bem Vindos!

Esse blog acabou de nascer e logo dará seus primeiros passos. Ele e eu ainda estamos em fase de adaptação: estamos nos conhecendo melhor, afinal de contas, se o mundo é novidade pra ele, ser dona dele é novidade pra mim.
Então, sosseguem a periquita desgovernada que há dentro de vocês e aguardem.