quinta-feira, 18 de março de 2010

A Mala e a Mel. Ops! A Nala e a Mel!

....... ............................Nala e Mel

Sempre que precisava abrir o portão pra sair, achava admirável a atitude das duas simpáticas cachorrinhas que nunca passavam a linha imaginária do portão. Acontecesse o que fosse, as duas nunca saiam e isso sem treinamento, nem nada.

Certa vez a bolinha de uma delas rolou portão afora e, quando fui sair, nenhuma se atreveu a pegar. A Mel, que é da raça labrador, tentou me avisar que queria a bolinha, latindo e olhando na direção do brinquedo. Fui buscar e devolvi.

Antes de continuar, vou contar um pouco mais da personalidade das duas:

A Mel, como já citei, é da raça labrador. Isso já é o bastante pra saber o quanto ela é linda, amável, brincalhona, manhosa, carinhosa, companheira, alegre e saltitante. Um verdadeiro amor. Estabanada, mas um amorzinho.

A Nala é da raça pastor alemão. Acho a personalidade dela muito próxima a de um gato. Não sou muito fã de gatos, a única gata com quem fiz amizade foi a Pussy (da família Shinner), mas isso pelo simples fato da gatinha ter a personalidade quase igual a de um cão. Voltando à Nala, ela realmente se parece com um gato, por ser independente demais. Além disso, ela ainda é interesseira e tá sempre “cagando e andando” pra todo mundo e pra o que todo mundo pensa ou acha. É até admirável, mas não é bem isso que esperamos de um cachorro, né? Sei lá. Ela só vem quando tá com medo dos fogos ou percebe que você vai oferecer comida, do contrário, ela simplesmente te esnoba e segue a vidinha dela.

Só pra ter uma noção, certa vez a vi abanando o rabo ao ouvir a voz da vizinha. No início não entendi, pois ela não é de abanar o rabo pra ninguém da família e dos amigos. E pra vizinha só de ouvir a voz, ela já foi “sorrindo” e correndo até o portão? Foi aí que descobri que aqueles ossinhos de brinquedo que aparecem do nada, são presentes da vizinha. Ou seja, isso confirma a característica de interesseira da Nala.

Bom... Apesar das diferenças de temperamento, as cachorras são muito amigas.

Voltando ao assunto inicial... Sabendo do comportamento das duas em relação ao portão, nunca me preocupava em trancá-las no canil pra entrar e sair.

Um dia, super atrasada, abri o portão, tirei o carro e fechei, mas percebi algo esquisito: onde estavam as duas? Sempre que alguém sai, elas ficam pulando que nem duas cabritas em frente ao portão, mas dessa vez, não estavam. Comecei a chamar: Meééllll, Nalaaaa!, e nada.

Não era normal. Voltei e fui procurá-las, mas para surpresa, elas não estavam em lugar algum. Então, só havia uma explicação: resolveram mostrar suas rebeldias, fugindo, bem no dia em que eu estava atrasada.

Saí atrás delas. A cada esquina eu parava o carro e gritava: Nalaaaa, Meéélll. Rua por rua. As pessoas olhavam e deviam imaginar que eu era uma doida, pagando um mico, uma aposta, sei lá.

Desci até a portaria e perguntei se tinham visto duas cachorras perdidas. E o porteiro perguntou: um labrador e um pastor alemão? E eu pensei: Nossa! Tem mais cachorros fugindo em duplas, hoje? Mas não disse isso, pois sou educada e respondi que sim. Ele apontou a rua principal e disse: foram por ali.

Segui as pistas, continuei chamando e nada. Resolvi voltar pra frente do portão, onde tudo começou... Quem sabe elas tivessem voltado, mas não.

Não tinha outro jeito se não voltar a procurá-las. Fui em direção à rua principal mais uma vez. Enquanto isso eu já imaginava que podiam ter fugido por alguma saída secreta do condomínio. rsrs Ou que algum cachorro bem bravo em alguma casa com o portão aberto tivesse atacado as meliantes. Foi quando eu estava chegando à rua principal e vi uma cabeça de pastor alemão dentro da garagem de uma das casas. Parei o carro em frente e vi que tava rolando a festa lá... Parecia um aniversário. Dei uma de louca e comecei: Nalaaaa, Meéélll. Quando vejo, a Mel aparece vindo dos fundos da casa pro jardim, como se simplesmente morasse lá, super à vontade.

Desci do carro e chamei as duas, super brava. Elas vieram. Mas e aí? Eu tinha passado a manhã inteira lavando o carro, não podia colocá-las lá dentro. Fiquei uns dois longos minutos segurando as fujonas pelas coleiras e pensando: ou eu ofereço carona no carro limpinho, ou eu largo o carro no meio da rua e vou levando a pé, ou uma terceira opção, pois essas primeiras são inviáveis. Foi aí que pensei em resolver do jeito que dava pra resolver. Entrei no carro, e a 10 Km/h ia dirigindo e chamando para que elas me acompanhassem: Nalaaaa, Méeelll. Como eu já tinha passado a rua de casa e não dava pra voltar por ser contramão, precisei fazer o retorno lá em cima, dirigindo e gritando. Quando fui retornar, óbvio que elas passaram reto do retorno. Parei e gritei mais ainda, até elas olharem e voltarem. Pegamos o outro lado da rua e seguimos o mesmo esquema. Quando chegou a hora de virar a rua de casa, elas passaram reto mais uma vez, e eu precisei parar novamente e chamá-las ainda mais até que voltassem. Ao entrar na rua continuei e, quando chegamos, as duas foram direto de castigo pro canil.

Ao passar esse episódio, a Mel nunca mais fugiu, mas a Nala cavava a terra embaixo do portão pra escapar. Num outro dia, ouvi a Mel latindo desesperadamente. Desci pra ver o que era e ela olhava pra mim, pro portão e pro buraco que a Nala havia cavado e chorava. Entendi que estava me avisando que a amiga tinha fugido.

Dessa vez, acompanhada, saímos a pé procurando por ela: Nalaaaa, Nalaaaa! Ao entrar na rua principal, encontramos a Nala com uma vizinha que é veterinária. A moça disse que a encontrou andando, enfiada dentro de um suporte de ferro pra vasos de planta, mas que ela já tinha conseguido tirar. Resumindo, pra fugir, a Nala cavou a terra embaixo do portão, encontrou um suporte de vaso à frente, mas, ao invés de tentar desviar do suporte caído, ela literalmente “entrou” nele e foi passear.

Sem comentários. rsrs

2 comentários:

Unknown disse...

Kkkkkk!
Você passa muitas e boas com essas duas comapanhias!
Ai que saudade dos meus bichos =(
Beijo Má!
Saudades sem fim...

Unknown disse...

Escreve como ninguem!
Amei, Ma :)
Estaria faltando com a verdade se dissesse que nao me deixou morrendo de vontade de trocar de lugar contigo!
Assim como a Ruiva, sinto uma saudade absurda da Pepper, da Pussy (Sol), da Kate, do Peter, da Branquinha, do Sooty, da Sally, do Watson, da Stacey... Quanta alegria nos trouxeram! :) Fazem uma falta enorme... :( Obrigada por mais uma vez me fazer sorrir, Ma :) Voce nao imagina a saudade que sinto de ti. Toda vez que leio suas peripecias, sua voz e seu jeito unico de narrar as situacoes inevitavelmente invadem minhas lembrancas e me arrancam otimas gargalhadas! Soh voce mesmo! Bate uma saudade... Beijo no coracao, Ma ;*** Abraco de Ursa na alma. Amoamoamo xxx